segunda-feira, 20 de abril de 2009

Becoming Jane

Faz parte de minha natureza ser uma boba romântica que não escapa das lágrimas ao ver um filme lindo e triste, contando a história de um amor de época, em geral impossível. Os bailes, os vestidos, a ironia, e principalmente o ódio que vira paixão são de um inegável encantamento para mim, e me fazem esquecer completamente de meus planos de mulher independente, do mundo e da economia que vivemos, pra me entregar da forma mais intensa possível a um amor sincero e honesto, sem pensar em nada mais. Sem querer menosprezar os romances atuais, a intensidade e a pureza de sentimentos das épocas antigas compensam qualquer falta de higiene e tecnologia daqueles tempos.
Lendo Orgulho e Preconceito, me admirava a cada página com a forma com que a autora demonstra o poder dos sentimentos das personagens em um contexto tão cotidiano; e hoje, ao ver Amor e Inocência não pude deixar de me comover com a generosidade desta mulher ao abdicar de seu amado para que a reputação deste não fosse destruída, e os que dela dependiam prejudicados. Assim, Jane Austen, para mim, se tornou mais que uma heroína, um exemplo. Uma mulher de coragem, sensata e de inteligência invejável, cujos romances revolucionaram a literatura inglesa com o final feliz que ela própria não teve o prazer de vivenciar.
Devido a minha sensibilidade extrema, durante qualquer narrativa romântica me delicio com aqueles sentimentos não pertencentes a mim. O instante do encontro de olhares dos apaixonados, onde todas as emoções possíveis são experimentadas, bem como, ao mesmo tempo, se sente o perigo que aquele relacionamento representa e a esperança da segurança de estar em seus braços deve ser algo inexplicável, maravilhoso e que sonho, um dia, poder desfrutar.

"But you must know what I feel. Jane, I'm yours, God, I'm yours. I'm yours heart and soul"

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