domingo, 26 de abril de 2009

Instabilidade

É, eu sou instável. Não que eu seja volátil ou tenha um lado bom e um mal, ou qualquer outra coisa dessas de novela mexicana. Apenas vivo minhas emoções exageradamente, saindo do drama para o entusiasmo em uma fração de segundo.
Porque às vezes a gente cansa de ser otimista, e acaba se entregando às dificuldades da realidade, o que gera tamanha desmotivação. E a possibilidade de não conseguir algo que tanto se sonha, é extremamente angustiante, principalmente quando não está em suas mãos o fator decisivo entre a realização e a frustração. Por outro lado não é muito difícil se imaginar em um filme, onde no final superamos todos os desafios e além de alcançarmos nosso objetivo ainda encontramos aquele príncipe maravilhoso, que, inclusive, nos ama verdadeiramente.
Mas é só olhar pro lado pra me sentir uma verdadeira egoísta. Como posso me chatear com coisas tão sem importância se ao mesmo tempo existe tanta gente no mundo com problemas 545674521 vezes piores que os meus? Nessas horas percebo o quanto quero fazer a diferença para o meu mundo, não só meu, mas nosso mundo.
Percebo o quanto preciso me melhorar para melhorar o que esta ao meu redor, e percebo como preciso me estabilizar para equilibrar desejos, sonhos, vontades e realizações.

Eu me equilibrando na gangorra,
desde cedo mostrando meu estilo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Becoming Jane

Faz parte de minha natureza ser uma boba romântica que não escapa das lágrimas ao ver um filme lindo e triste, contando a história de um amor de época, em geral impossível. Os bailes, os vestidos, a ironia, e principalmente o ódio que vira paixão são de um inegável encantamento para mim, e me fazem esquecer completamente de meus planos de mulher independente, do mundo e da economia que vivemos, pra me entregar da forma mais intensa possível a um amor sincero e honesto, sem pensar em nada mais. Sem querer menosprezar os romances atuais, a intensidade e a pureza de sentimentos das épocas antigas compensam qualquer falta de higiene e tecnologia daqueles tempos.
Lendo Orgulho e Preconceito, me admirava a cada página com a forma com que a autora demonstra o poder dos sentimentos das personagens em um contexto tão cotidiano; e hoje, ao ver Amor e Inocência não pude deixar de me comover com a generosidade desta mulher ao abdicar de seu amado para que a reputação deste não fosse destruída, e os que dela dependiam prejudicados. Assim, Jane Austen, para mim, se tornou mais que uma heroína, um exemplo. Uma mulher de coragem, sensata e de inteligência invejável, cujos romances revolucionaram a literatura inglesa com o final feliz que ela própria não teve o prazer de vivenciar.
Devido a minha sensibilidade extrema, durante qualquer narrativa romântica me delicio com aqueles sentimentos não pertencentes a mim. O instante do encontro de olhares dos apaixonados, onde todas as emoções possíveis são experimentadas, bem como, ao mesmo tempo, se sente o perigo que aquele relacionamento representa e a esperança da segurança de estar em seus braços deve ser algo inexplicável, maravilhoso e que sonho, um dia, poder desfrutar.

"But you must know what I feel. Jane, I'm yours, God, I'm yours. I'm yours heart and soul"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

para começar

Sobre o que escrever no primeiro post em seu blog recém-criado deve ser algo que exige uns bons minutos inertes em pensamentos, acredito eu. No entanto a criatividade nem sempre vem fácil, e este é o meu caso. Apesar de gostar de escrever, e ter a doce ilusão que um dia (quem sabe) escreverei um livro, é sempre um desafio começar um texto. Compartilhar de opiniões completamente diferentes sobre um mesmo assunto e até mesmo gostar de coisas opostas me fazem consumir bastante tempo para terminar de escrever, o que, definitivamente não se mostra útil quando cada dia chego mais perto do pouco tempo destinado à minha redação do vestibular (algo essencial para a minha aprovação em uma universidade federal). Devo também a toda essa minha 'eclecticidade' as indecisões que sempre se impõe diante de qualquer tipo de escolha que eu venha a fazer. No momento, com 16 anos no 2º ano do ensino médio, me vejo completamente sem rumo diante da escolha profissional. Além disso, essa minha característica cria, constantemente, conflitos internos em mim; referentes, em sua maioria, à realização de planos futuros que me fariam perder o presente, algo bem difícil de se explicar.
Porém, apesar de tudo, não reclamo de ser assim.
Procurando analisar pelos pontos positivos, ser ecléctica me proporciona uma constante mudança de pensamentos que me ajudam a definir meus limites e construir o meu verdadeiro eu.