sábado, 25 de julho de 2009

No estás solo

Seria apenas mais um dia de semana comum, se não fosse justamente esse o mais importante de todos. Porque é exatamente quando estamos nos sentido vazios e derrotados pelo destino que percebemos o valor de cada pequeno instante, de cada pequeno gesto.
Naquele dia, incrivelmente nublado, resolvi caminhar pela praia, incrivelmente linda, apesar do céu escuro e do mar agitado. Sentei em um banco e não sei por quanto tempo fiquei ali, pensativa. Analisei todos os pontos positivos e negativos da minha vida, todos os meus defeitos e qualidades e re-planejei todos os meus sonhos, é, isso deve ter levado algum tempo...
Então, quando distraidamente olhei para o lado, reparei que havia mais alguém sentado no mesmo banco que eu, contemplando a mesma paisagem que eu e tão pensativo quanto eu estava a um segundo. Tive apenas um instante até que ele também se virou, distraidamente, para o lado e também me enxergou, prendendo toda a minha atenção naquele olhar desconhecido.
Por um momento não precisamos nos pronunciar, nossos olhos falaram por nós. E no momento seguinte os sorrisos foram trocados pelas primeiras expressões, e depois as primeiras palavras, seguidas de frases, histórias e algumas longas horas de uma conversa confortante entre dois solitários observadores.
De repente, por qualquer motivo casual, nossas mãos se tocaram, e quando mais um olhar aconteceu, todos os sentimentos que havia para serem sentidos, o foram.
E isso foi o suficiente para que eu percebesse que não, eu não estava mais sozinha neste mundo.



Não esta história não é verdadeira e muito menos aconteceu comigo. Mas como tive que escrevê-la para a escola, onde ela não está destinada a receber muito destaque, resolvi compartilhá-la aqui.
Afinal, ninguém está sozinho neste mundo.

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